De acordo com o IPC, a necropsia apontou uma ruptura de fígado que resultou em hemorragia. Delegada deu detalhes sobre o caso.
O bebê de 1 ano e 11 meses que morreu nessa quarta-feira (24) em João Pessoa, após agressões, era vítima de diversos maus-tratos, segundo familiares e vizinhos. A delegada Flavia Assad, da Polícia Civil da Paraíba (PCPB), deu detalhes sobre o caso na manhã dessa quinta-feira (25).
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Henry Gabriel deu entrada no Hospital da Mulher de João Pessoa com sinais de agressões — Foto: TV Cabo Branco/Reprodução |
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"Inúmeros relatos de várias testemunhas, de forma inequívoca, revelaram a questão desses maus-tratos, e na condição de higiene e alimentação", informou a delegada.
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Corpo do bebê Henry Gabriel foi enterrado nesta quinta-feira (25) — Foto: TV Cabo Branco/Reprodução |
O corpo do bebê Henry Gabriel foi enterrado no final da manhã dessa quinta (25) em um cemitério localizado no bairro Cristo Redentor, na capital paraibana. Na ocasião, o pai do menino, que está preso pelo crime de tráfico de drogas, esteve presente escoltado pela Polícia Penal.
O padrasto da criança foi preso e autuado por maus-tratos com resultado morte, e a mãe, que tem 17 anos, foi apreendida por infração análoga.
Vizinhos estranharam a ausência do menino
Foram ouvidos familiares e vizinhos da criança, que relataram a identificação de marcas de agressões, justificadas pela mãe como consequência de quedas, além de negligência na alimentação e higiene. Henry Gabriel costumava brincar pelos corredores do condomínio onde morava, no bairro Colinas do Sul, e, muitas vezes, era cuidado pelos vizinhos, que estranharam a falta dele na terça-feira (24).
"Os vizinhos o alimentavam, cuidavam dele, e causou muita estranheza que, na terça-feira, ninguém viu essa criança. Uma criança que sempre estava lá, sempre estava no térreo.
Ainda segundo a delegada Flávia Assad, vizinhas relataram que o menino, apesar de ainda não saber falar, chamava-os pelo nome ou de 'mãe'. "Era uma criança que chamava, apesar da fala não ter desenvolvido a falar ainda, mas tinha o costume de chamar todas pelo nome e algumas mulheres que ele não sabia o nome, ele chamava por mãe".
A avó paterna da criança, Luiza de Souza, contou que o surgimento de machucados no corpo do neto era recorrente, mas era explicado pela mãe como provocados por quedas sem importância.
"Vivia aparecendo machucado aqui, machucado ali, mas ninguém falava não, escondiam de mim. 'Ele só caiu'", disse a avó paterna.
Necrópsia apontou violência
Segundo o Instituto de Polícia Científica (IPC), o corpo da criança apresentou traumatismo craniano e marcas de violência na região do abdome. A morte foi causada por uma ruptura no fígado que causou hemorragia interna. Ainda conforme o laudo, foram descartados sinais de violência sexual.
Henry Gabriel deu entrada já sem vida no Hospital da Mulher, sediado em João Pessoa, na manhã dessa quarta-feira (24). Ainda não há informações se o bebê morreu na mesma data ou no dia anterior. O laudo médico do IPC vai ficar pronto dentro do prazo legal de dez dias.
Portal Picuí Hoje com informações do g1 Paraíba.
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