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Agressor entrou na escola alegando querer entregar um currículo — Foto: Rebecca Mistura/Agencia RBS. |
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O prefeito Geverson Zimmerman informou que as vítimas são três alunos e uma professora, agredidos por um adolescente de 16 anos que entrou na escola alegando querer entregar um currículo. A instituição atende 152 estudantes.
A criança que morreu foi identificada como Vitor André Kungel Gambirazi, de 9 anos, aluno do 3º ano do ensino fundamental, atingido por ao menos 11 facadas, principalmente nas costas. Duas meninas, ambas de 8 anos, sofreram ferimentos leves na cabeça e foram atendidas no Hospital São Roque, em Getúlio Vargas. A professora, de 34 anos, também ficou ferida ao intervir no ataque e deu entrada no Hospital Santa Terezinha, mno município de Erechim; todas estão estáveis e sem risco de vida.
A prefeitura de Estação decidiu suspender temporariamente as aulas em toda a rede municipal. Familiares aguardaram informações em frente à escola durante a tarde, oferecendo apoio à comunidade escolar.
Adolescente entra armado e utiliza "bombinhas"
Em entrevista à Rádio Gaúcha, o prefeito Zimmerman relatou que o agressor entrou no prédio com uma faca e lançou "bombinhas no chão para assustá-las". Em seguida, invadiu uma sala e esfaqueou gravemente uma das crianças, enquanto as outras duas sofreram cortes menos sérios.
Após o ataque, houve tumulto: o adolescente foi contido, apreendido e ouvido pela Polícia Civil. O prefeito destacou que o agressor é morador local, sem antecedentes, e já foi aluno da escola.
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul (PCRS) informou que ainda apura as motivações do crime, mas há informações de que o jovem estava em acompanhamento psiquiátrico há mais de um ano. "Ainda não há elementos de convicção sobre a real motivação do delito, o que deve ser apurado pela Polícia Civil em breve", informou o órgão.
Moradora acolhe crianças amedrontadas
A aposentada Ercina Dalacorte, de 76 anos, acolheu alunos que fugiam do prédio: "Vi que as crianças começaram a correr para o meio da rua, achei que fosse um incêndio. Eram todos pequenos, fiquei com muita pena porque eles choravam e me abraçavam." Ela os abrigou em sua casa até a chegada dos responsáveis. "Falei 'aqui não tem problema'", lembrou.
Autoridades manifestam apoio
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), manifestou apoio às vítimas via X (antigo Twitter), afirmando que o estado prestará todo o suporte necessário e determinando que as forças de segurança priorizem a investigação: "O que aconteceu não pode ser naturalizado, relativizado ou esquecido... Nada é mais urgente do que garantir que nossas crianças estejam seguras."
O ministro da Educação, Camilo Santana, declarou ter recebido a notícia com "tristeza" e informou que enviará psicólogas do Núcleo de Resposta e Reconstrução de Comunidades Escolares para prestar apoio aos envolvidos. "Seguimos em articulação com o Ministério da Justiça e com as autoridades locais, reafirmando nosso compromisso com a vida, a paz e a proteção das comunidades escolares", disse. Ele também expressou seus "sinceros sentimentos nesse momento de dor profunda".
O crime está sob investigação.
Portal Picuí Hoje com informações do Zero Hora.
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