Presidente afirma que redução das taxações anunciada por Donald Trump resulta de diálogo e do reconhecimento internacional do Brasil.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou, na noite dessa quinta-feira (20), estar satisfeito com a decisão do governo dos Estados Unidos (EUA) de retirar as tarifas aplicadas a determinados produtos brasileiros. Segundo ele, o país soube enfrentar a pressão dessas taxações e conseguiu alcançar respeito por parte dos norte-americanos.
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| Trump e Lula — Foto: Ricardo Stuckert/PR |
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Ao participar da abertura do Salão Internacional do Automóvel, em São Paulo, Lula comentou que, diante da decisão inicial dos EUA de impor sobretaxas, muitas pessoas "entraram em crise e ficaram nervosas". Ele afirmou que, ao contrário, prefere agir com cautela: "E eu não costumo tomar decisão com 39 graus de febre. Eu espero a febre baixar. Se você tomar decisão com febre, você vai cometer um erro", declarou.
O presidente também observou que agora está satisfeito com o recuo do governo norte-americano: "E hoje estou feliz porque o presidente Trump começou a reduzir as taxações. E essas coisas vão acontecer na medida em que a gente consiga galgar respeito das pessoas, ninguém respeita quem não se respeita", acrescentou.
Nesta quinta-feira (20), o presidente dos EUA, Donald Trump (GOP) anunciou a revogação da tarifa de importação de 40% que incidia sobre uma série de produtos brasileiros. Entre os itens listados pela Casa Branca estão café, chá, frutas tropicais e seus sucos, cacau, especiarias, banana, laranja, tomate e carne bovina.
A ordem executiva publicada pelo governo norte-americano informa que a decisão ocorreu após uma conversa telefônica com Lula, "durante a qual concordamos em iniciar negociações para abordar as questões identificadas no Decreto Executivo 14.323". Conforme o documento, as tratativas seguem em andamento.
Mais cedo, em uma manifestação nas redes sociais ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Fernando Haddad, Lula classificou a eliminação da tarifa de 40% como resultado do esforço diplomático e do diálogo contínuo com os Estados Unidos. "O diálogo franco que mantive com o presidente Trump e a atuação de nossas equipes de negociação, formada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros Fernando Haddad e Mauro Vieira pelo lado brasileiro, possibilitaram avanços importantes", afirmou.
Ele destacou ainda que, embora o gesto represente um avanço, o trabalho deve continuar: "Esse foi um passo na direção certa, mas precisamos avançar ainda mais. Seguiremos nesse diálogo com o presidente Trump tendo como norte nossa soberania e o interesse dos trabalhadores, da agricultura e da indústria brasileira."
Portal Picuí Hoje com informações da Agência Brasil.
Portal Picuí Hoje com informações da Agência Brasil.

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