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12.8.25

Motta descarta clima para anistia ampla e critica plano contra autoridades

Presidente da Câmara defende debate sobre o tema, mas ressalta gravidade de crimes envolvidos
Foto: Pedro Ladeira/Folhapress
O presidente da Câmara dos Deputados, o paraibano Hugo Motta (Republicanos), declarou em entrevista à revista Veja que não vê ambiente favorável entre os parlamentares para aprovar uma anistia "ampla, geral e irrestrita" — expressão usada por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para se referir a uma medida que o livraria de uma eventual condenação no Supremo Tribunal Federal (STF) por acusações de tentativa de golpe.


"O que eu sinto, do contato que tenho com os parlamentares, é que há uma certa dificuldade com anistia ampla, geral e irrestrita. Até porque nós tivemos o planejamento de morte de pessoas, isso é muito grave. Não sei se há ambiente para anistiar quem agiu dessa forma, penso que não", afirmou Motta nessa segunda-feira (11).

Apesar da posição, o deputado defendeu que a anistia "deve ser amplamente debatida" — incluindo o conteúdo e a possibilidade de votação no plenário. Ele destacou que, para ser pautada, a proposta precisa de maioria no colégio de líderes, responsável por definir as matérias a serem votadas semanalmente. Embora exista um acordo entre PL e centrão para levar o tema à votação, partidos como o PT se posicionam contra.

"Quando tiver uma maioria construída, jamais essa presidência irá obstruir as pautas de votação”, disse Motta. “O colégio de líderes é o foro adequado, sempre procuramos trazer a pauta de consenso, como sempre foi no colégio e seguirá sendo", acrescentou, reforçando que não tem "preconceito com nenhuma pauta".

Segundo ele, a ocupação das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado por bolsonaristas, na semana anterior, enfraqueceu o apoio às pautas da oposição, já que "a larga maioria, mais de 400 parlamentares, não concordam com esse formato de obstrução". Em reação ao episódio, PL e centrão se uniram para pressionar pela votação de mudanças no foro privilegiado e de uma proposta que blinde congressistas contra ações do STF ainda nesta semana.

Motta também criticou o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), licenciado do mandato e atuando dos Estados Unidos (EUA), por liderar uma campanha para que Donald Trump pressione autoridades brasileiras em favor do ex-presidente.

"Não posso concordar com a atitude de um parlamentar que está fora do país, trabalhando muitas vezes para que medidas tragam danos à economia do país [de origem]. Isso não pode ser admitido", declarou, mencionando o tarifaço.

"Eduardo Bolsonaro poderia até estar defendendo politicamente algo que ele acredita, defendendo a inocência do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas nunca atentando contra o país. Quando isso acontece, eu penso que nem os seus eleitores, nem os seus apoiadores concordam", completou.

O presidente da Câmara afirmou ainda que o caso de Eduardo será analisado pelo Conselho de Ética, seguindo o mesmo procedimento aplicado a outras situações.

Portal Picuí Hoje com informações do Folhapress.

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