Moraes reforça monitoramento da casa de Bolsonaro e autoriza vistorias em veículos

Medida foi determinada após parecer da PGR contrário à permanência de agentes dentro da residência, mas favorável ao aumento da segurança no entorno.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou neste sábado (30) o reforço das medidas de vigilância na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar em um condomínio no Jardim Botânico, área nobre de Brasília.

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A decisão foi tomada após o procurador-geral da República, Paulo Gonet, enviar ao STF um parecer contrário à solicitação da Polícia Federal (PF) para que agentes permanecessem dentro da residência de Bolsonaro 24 horas por dia. No entanto, Gonet se mostrou favorável ao aumento da segurança no entorno da casa e na portaria do condomínio, o que foi aceito por Moraes.

Na decisão, o ministro determinou que a Polícia Penal do Distrito Federal realize vigilância presencial na parte externa do imóvel e nas áreas que fazem divisa com outras residências, locais onde poderia haver risco de tentativa de fuga.

Além do monitoramento externo, Moraes autorizou que sejam feitas vistorias nos "habitáculos e porta-malas de todos os veículos que saírem da residência do réu". Essas inspeções deverão ser registradas, com identificação dos carros, motoristas e passageiros, e os relatórios enviados diariamente ao STF.

Julgamento marcado

Na próxima terça-feira (2), Bolsonaro e outros sete aliados, apontados como integrantes do núcleo 1 da suposta trama golpista, serão julgados pela Primeira Turma da Corte.

O ex-presidente está em prisão domiciliar desde o início de agosto, utilizando tornozeleira eletrônica. A medida foi determinada por Moraes após descumprimento das restrições que proibiam postagens em redes sociais de terceiros.

Na semana passada, durante outra investigação, a PF encontrou em um dispositivo de Bolsonaro um documento de asilo político destinado ao presidente da Argentina, Javier Milei. Segundo a corporação, o arquivo estava no aparelho desde 2024.

A defesa do ex-presidente, no entanto, afirmou que o documento era apenas um "rascunho" e negou qualquer tentativa de fuga do país.

Portal Picuí Hoje com informações da Agência Brasil.