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Moraes concedeu um prazo de cinco dias para que ambas as partes envolvidas apresentem explicações formais — Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil. |
Na decisão, Moraes concedeu um prazo de cinco dias para que ambas as partes envolvidas — Executivo e Legislativo — apresentem explicações formais. O governo federal deverá justificar os aumentos promovidos por meio dos Decretos 12.466, 12.467 e 12.499/2025, enquanto o Congresso terá que apresentar os fundamentos que embasaram o Decreto Legislativo 176/2025, que anulou os efeitos das medidas presidenciais.
A audiência de conciliação foi marcada para o dia 15 de julho, às 15h, na sede do STF, em Brasília. Foram convocados representantes do Palácio do Planalto, da Câmara dos Deputados, do Senado, da Advocacia-Geral da União (AGU), da Procuradoria-Geral da República (PGR) e de partidos políticos que recorreram à Corte.
Ao avaliar o caso, Moraes destacou indícios de possível desvio de finalidade dos decretos, uma vez que o IOF possui função extrafiscal — ou seja, é destinado ao controle da economia, e não exclusivamente à arrecadação de recursos. Caso se confirme que o objetivo foi meramente arrecadatório, os atos poderão ser considerados inconstitucionais.
O ministro também apontou que o Congresso pode ter ultrapassado seus limites legais ao suspender normas do Executivo com natureza autônoma, que não se enquadrariam no artigo 49, inciso V, da Constituição — dispositivo que autoriza o Legislativo a anular atos normativos que excedam o poder regulamentar do governo.
"Essa sucessão de medidas e reações entre Executivo e Legislativo, com efeitos diretos sobre a arrecadação e a política econômica, exige do Supremo a atuação como mediador institucional", declarou Moraes na decisão.
A medida liminar suspende os efeitos dos decretos até que o STF julgue o mérito das ações, entre as quais estão recursos apresentados por partidos como o PL e o PSOL, além da AGU, que ingressou com uma Ação Declaratória de Constitucionalidade para defender as medidas adotadas pelo Executivo.
Portal Picuí Hoje com informações do R7.
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