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Ministra ressaltou que, mesmo diante de desafios complexos, o país tem apresentado indicadores positivos que vêm sendo reconhecidos em fóruns internacionais — Foto: Lula Marques/Agência Brasil. |
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A ministra ressaltou que, mesmo diante de desafios complexos, o país tem apresentado indicadores positivos que vêm sendo reconhecidos em fóruns internacionais. "Nesses dois anos em que o desmatamento caiu quase 46% na Amazônia e 32% no país inteiro, o agronegócio cresceu 15% e a renda per capta cresceu em torno de 11%", pontuou.
De acordo com Marina, esses avanços foram resultado de um trabalho conjunto entre o governo federal, estados, municípios, organizações da sociedade civil e o setor privado, que têm atuado na promoção de uma agenda ambiental consistente.
A ministra também respondeu sobre ações de fiscalização, ao comentar uma operação recente do Ibama que apreendeu 20 bovinos criados de forma irregular dentro da Reserva Extrativista Chico Mendes, no Acre. A iniciativa integra um esforço para remover cerca de 400 animais de áreas protegidas. "Quem destrói é uma minoria. Apenas 2,6% dos imóveis rurais concentram 60% das irregularidades. A maioria não é irregular. Então, aqueles que o Ibama está autuando são os que comprovadamente promovem atividades fora da lei. Esses 2,6% não falam pelo agronegócio brasileiro."
Durante sua participação, Marina também abordou os recentes incêndios florestais. Ela explicou que o aumento dos focos de queimadas registrado em 2024 foi agravado por condições climáticas extremas, como altas temperaturas, baixos índices de umidade e escassez de chuvas. "De fato nós tivemos em 2024 um aumento dos incêndios no Brasil, que se deu em função de um extremo climático que não afetou apenas o Brasil, mas afetou o mundo inteiro", observou. Segundo a ministra, essas condições criaram um "processo de retroalimentação perverso" que ampliou os danos ambientais.
Como resposta, o governo federal destinou cerca de R$ 1,5 bilhão para combater os incêndios, ampliou o número de brigadistas para 3.500 e conseguiu reduzir a área atingida em comparação com os dados de 2022. "Fizemos uma verdadeira força-tarefa no país para evitar que tivéssemos uma situação de completo descontrole, porque a situação ficou muito agravada", reforçou.
Ao ser questionada sobre a liberação de novos agrotóxicos, Marina explicou que o Ibama segue critérios técnicos rigorosos, considerando impactos para a saúde pública, o meio ambiente e os próprios agricultores. Ela mencionou que muitos pedidos se referem à liberação de produtos genéricos sem novas fórmulas ou princípios ativos atualizados. "A maioria dos pedidos para autorização de novos agrotóxicos são para genéricos que não têm nenhuma molécula nova, nem atualização da fórmula."
Por fim, a ministra destacou a adoção de práticas sustentáveis no campo como um fator de incentivo na concessão de crédito rural. "No Plano Safra deste ano, lançado recentemente, criamos uma inovação e estabelecemos um redutor de juros por boas práticas, que chega a 1%. Isso se constituiu em um incentivo para que os agricultores façam investimentos na área da agricultura de baixo carbono."
Portal Picuí Hoje com informações da Agência Brasil.
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