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quarta-feira 10 2016

ENQUANTO METADE DA BANCADA DA PB QUER CASSAÇÃO DE CUNHA, OUTRA METADE SE DIVIDE

Quarta-feira, 10 de agosto de 2016


Dos doze deputados federais eleitos pela Paraíba, pelo menos seis já se declararam favoráveis a cassação do mandato do deputado estadual Eduardo Cunha, do PMDB do Rio de Janeiro. A outra metade segue parte indecisa e parte contrária a cassação do parlamentar, que é acusado de mentir durante depoimento na CPI da Petrobras a respeito da existência de contas na Suíça em seu nome, nos chamados paraísos fiscais.

Além do processo na Casa, Cunha é alvo de ação penal no STF, e a Procuradoria Geral da República afirma que ele usou contas no exterior para lavar dinheiro desviado da Petrobras.

Da Paraíba, já se declararam favoráveis à cassação os deputados Luiz Couto (PT), Damião Feliciano (PDT), Efraim Filho (DEM), Pedro Cunha Lima (PSDB), Rômulo Gouveia (PSD) e Wilson Filho (PTB).

Contra a cassação do colega de parlamento, abertamente, apenas o deputado federal Wellington Roberto, do PR-PB, disse, com todas as letras, que votaria pela manutenção do mandato de Cunha, o isentando da cassação.

Roberto foi um dos integrantes da Comissão de Ética que também tentou livrar Cunha do processo, mas acabou saindo derrotado.

ALA INDECISA

Os deputados Hugo Motta e Manoel Júnior, ambos do PMDB, ficaram conhecidos por integrar a tropa de choque de Eduardo Cunha na Câmara Federal. A dupla, por enquanto, não se manifestou publicamente nem pelo sim, nem pelo não, mas, acredita-se que ambos permanecerão aliados do ex-presidente da Casa “na hora do vamos ver”.

Outro que também ainda não se manifestou publicamente foi o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP). O líder do centrão na Câmara dos Deputados vem driblando a imprensa e evita comentar o assunto.

O novato André Amaral (PMDB), que assumiu a titularidade na vaga do deputado Veneziano, avisou que votaria a favor da moralidade e da ética, mas se esquivou quando pressionado a responder se votaria contra ou a favor da cassação.

“Como estudante de direito, primeiro tenho que analisar o processo para poder me manifestar”, despistou.

Presidente estadual do Solidariedade na Paraíba, o deputado Benjamin Maranhão acena para marchar seguindo a “cartilha” de Eduardo Cunha. Até agora o parlamentar não se manifestou se votaria contra ou a favor, mas nos bastidores o voto do paraibano já é contabilizado entre os que devem tentar “salvar” o peemedebista.

O PROCESSO

Líderes partidários afirmaram ontem, segunda-feira (8), após reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que deverá ser anunciada até amanhã, quarta-feira (10), a data de votação no plenário do processo de cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ex-presidente da Casa.

A expectativa era de que a data da votação fosse definida no início desta semana, no encontro com os líderes. Mas, ao deixar a reunião, Maia não quis antecipar para quando marcará a votação.

“Os prazos regimentais serão respeitados. A partir daí, a data será dada”, desconversou.

O parecer aprovado no Conselho de Ética pela cassação e a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que rejeitou o recurso do ex-presidente da Câmara foram lidos na última segunda-feira (06). O passo seguinte é a publicação no "Diário Oficial da Câmara"

A partir daí, abre-se prazo de até duas sessões ordinárias (de votações ou debates) para que o processo seja incluído na pauta, com prioridade sobre outros temas.

Diversos líderes adversários de Cunha cobraram publicamente a definição de uma data o mais brevemente possível.

Maia teria respondido que pretende resolver antes a votação do projeto que renegocia a dívida dos estados, prevista para esta terça-feira.

“Neste momento, parece ter um sentido protelatório. Ele [Maia] inventou esse álibi para não marcar a votação”, criticou o líder do PSOL, Ivan Valente (SP).

O processo de Eduardo Cunha ficou pronto para ser levado ao plenário antes do recesso de julho.

No entanto, ainda não foi marcada a votação porque Maia tem argumentado que o tema é bastante polêmico e precisa ser definido por um plenário com quórum elevado.

São necessários 257 votos entre os 512 deputados em exercício para que seja determinada a perda do mandato de Cunha.




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