Ex-secretário de Infraestrutura é preso em ação que apura fraudes em obra de ginásio na Paraíba

Operação da PCPB, com apoio do MPPB, investiga desvio de recursos públicos que podem ultrapassar R$ 200 mil.

Foto: PCPB/Divulgação

A Polícia Civil da Paraíba (PCPB) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (30), uma operação para investigar supostas fraudes na reforma de um ginásio sediado em Mata Redonda, distrito de Alhandra, município localizado na região do Litoral Sul paraibano. O ex-secretário de Infraestrutura do município foi alvo de um mandado de prisão e é apontado como o principal investigado da "Operação Escada de Penrose", que também cumpriu ordens judiciais nas cidades de João Pessoa e Cabedelo.

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De acordo com informações da polícia, a ação foi conduzida pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (DECCOR), que executou cinco mandados de busca e apreensão e um de prisão contra o ex-secretário Luiz Silva de Andrade. As irregularidades investigadas teriam ocorrido durante a execução da obra, resultando em um prejuízo superior a R$ 200 mil aos cofres públicos.

O g1 informou que não conseguiu contato com a defesa do ex-secretário.

As investigações começaram a partir de denúncias apresentadas por um vereador de Alhandra. O inquérito identificou indícios de fraude em licitação, peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa voltada ao desvio de recursos municipais.

Conforme apurado pela PCPB, o ex-secretário é apontado como líder do esquema, tendo sido proprietário da empresa vencedora da licitação, situação que é vedada por lei. Ele teria atuado junto ao então diretor de planejamento da secretaria, atestando medições de serviços não realizados para dar aparência de legalidade à execução da obra.

Uma sindicância administrativa instaurada pela Prefeitura de Alhandra resultou em um laudo técnico que constatou o desvio de recursos. Posteriormente, uma perícia do Instituto de Polícia Científica (IPC-PB) confirmou que parte dos itens previstos, como a construção de uma escada de concreto, não foi executada.

Segundo a PCPB, o cumprimento dos mandados teve como objetivo impedir a destruição de provas e coletar novos elementos que reforcem as suspeitas sobre o esquema. A operação contou com o apoio do Ministério Público da Paraíba (MPPB).

Portal Picuí Hoje com informações do g1 Paraíba.