Hytalo Santos morou no local por mais de um ano e costumava promover festas com a participação de menores de idade
Um ex-funcionário de um condomínio onde o influenciador Hytalo Santos morou, na região Metropolitana de João Pessoa, relatou uma relação conturbada com outros condôminos e com a administração do residencial. Entre as situações relatadas pelo funcionário, que não quis se identificar, à TV Cabo Branco, nesta quarta-feira (13), estão 'drogas, bebidas e preservativos no chão' durante a estadia.
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Hytalo Santos — Foto: Instagram/Reprodução |
O ex-funcionário relatou que Hytalo Santos morou no local por mais de um ano e costumava promover festas com a participação de menores de idade. Segundo o depoimento, os envolvidos costumavam fazer barulho de madrugada, perturbando o sossego dos vizinhos.
"Eles andavam nos corredores fazendo bagunça, barulho, reclamando, gritando ou algumas vezes com com palavras de baixo calão, esculhambando, o que prejudicava os condôminos que moravam lá e todo o procedimento dentro do condomínio".
O influenciador costumava alugar outros apartamentos para abrigar os convidados das festas e o funcionário relata que objetos desses imóveis chegaram a ser danificados.
"Utensílios quebrados dentro desses apartamentos que eram alugados para os convidados. Drogas, bebidas, preservativos jogados no chão, não existia controle sobre esses indivíduos".
Os condôminos e funcionários chegaram a reclamar com os administradores, mas o influenciador fazia contratos de aluguel em nome de terceiros. "Ele colocava o nome dessas pessoas nesses aluguéis e assim era passado. Até o ponto de que dentre esse um ano e um ano e meio conseguiram convencer os administradores a não alugar mais esses apartamentos para ele, por própria segurança dos bens e pela forma como é ele atuava".
Vizinhos denunciaram festas
Menores de idade faziam topless e participavam de festas com bebidas alcoólicas em um condomínio onde reside o influenciador paraibano Hytalo Santos para criação de conteúdos nas redes sociais, na cidade de Bayeux, localizada na região Metropolitana da capital paraibana, de acordo com o Ministério Público da Paraíba (MPPB). O influenciador é investigado pela exposição desses menores nas plataformas digitais.
A promotora Ana Maria França, uma das responsáveis pelo inquérito, disse que vizinhos de condomínio de Hytalo Santos fizeram as denúncias sobre esses episódios e, a partir disso, o MPPB começou as investigações no final de 2024.
"Até tarde da noite havia muitos eventos atrapalhando o sono dos condôminos, transitar dentro do condomínio com adolescentes fazendo topless na moto para exibir tatuagem nas costas, festas regadas com bebidas alcoólicas, então foi a partir daí que começou nossa apuração", disse a promotora.
A Justiça atendeu nessa terça-feira (12) o pedido do MPPB e mandou bloquear as contas de Hytalo Santos nas redes sociais, além de proibi-lo de ter contato com os adolescentes citados nas investigações. A promotora Ana Maria França assinou uma ação civil pública para pedir a Justiça o bloqueio das contas de Hytalo Santos nas redes sociais.
A defesa de Hytalo Santos informou que vai se pronunciar nos autos dos processos, assim que for cientificada.
Justiça determina que conteúdos de Hytalo Santos sejam desmonetizados
Os conteúdos postados por Hytalo nas redes sociais devem ser desmonetizados, ou seja, não podem gerar dinheiro para o influenciador, segundo a decisão judicial dessa terça (12).
Para o g1, o MPPB confirmou que Hytalo Santos foi ouvido, em Bayeux, em 30 de maio de 2025. As vítimas, "por questões de evitar revitimização", não foram ouvidas, porque já tinham sido interrogadas em outro processo do MPPB em João Pessoa que também trata da exposição de menores.
O promotor João Arlindo, da promotoria da capital, disse que o influenciador também foi ouvido no outro braço do processo e que ele negou as acusações.
Ainda conforme o MPPB, o órgão não foi responsável inicial pela suspensão da conta do influenciador, mas, após o ocorrido, solicitou que a medida fosse mantida e ampliada para outras redes sociais.
O g1 entrou em contato com a Meta, empresa responsável pelo Instagram, e questionou sobre a decisão judicial. A empresa ainda não respondeu até a última atualização dessa matéria.
A reportagem também entrou em contato com o Google, dono do YouTube, que informou por meio de assessoria que a empresa não foi intimada sobre a decisão, mas já vem tomando uma série de medidas relacionadas ao canal do influenciador, entre elas a desmonetização total dos vídeos e também atuação sobre conteúdos específicos que feriram as diretrizes da plataforma, como remoção de vídeos e restrição de acesso a determinados vídeos apenas para maiores de idade.
O TikTok informou, em nota, que um perfil do influenciador foi banido em 2025 pela segunda vez, já que em 2023 uma outra conta foi retirada do ar. A empresa não forneceu mais detalhes.
Portal Picuí Hoje com informações do g1 Paraíba.
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