Jurema Sagrada é reconhecida como patrimônio imaterial da Paraíba - Portal Picuí Hoje

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

test banner _________________________________________________

Post Top Ad

16.7.25

Jurema Sagrada é reconhecida como patrimônio imaterial da Paraíba

Proposta de autoria da deputada estadual Cida Ramos foi aprovada pela ALPB no início de junho — Foto: Josimar Diniz/Tv Cabo Branco.
A Jurema Sagrada agora é oficialmente considerada patrimônio imaterial da Paraíba. A lei que assegura esse reconhecimento foi sancionada pelo governador João Azevêdo (PSB) e publicada na edição d
esta quarta-feira (16) do Diário Oficial do Estado (DOE-PB).  A iniciativa é de autoria da deputada estadual Cida Ramos (PT) e visa valorizar uma das mais tradicionais manifestações religiosas do Nordeste.

 Receba as notícias do Portal Picuí Hoje no WhatsApp   

De acordo com a parlamentar, a medida tem como propósito garantir respeito e preservação à Jurema Sagrada, prática religiosa presente em comunidades tradicionais, com destaque para os municípios de Alhandra e Conde, ambos situados no Litoral Sul do estado.

A Jurema Sagrada representa um conjunto de tradições religiosas que mesclam influências indígenas, africanas e europeias, sendo considerada um símbolo de resistência cultural no Nordeste. Entre os elementos centrais dos rituais está o uso do chá da jurema, árvore nativa da caatinga e do agreste. Apesar da importância cultural e espiritual, seus praticantes ainda enfrentam preconceito, racismo e intolerância religiosa.

A proposta foi aprovada pela Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) no início de junho. Durante a votação, parlamentares conservadores se posicionaram contrariamente — os deputados Wallber Virgolino e Sargento Neto, ambos do PL, votaram contra, enquanto Tovar Correia Lima (PSDB) se absteve.

Durante a sessão, a deputada Cida Ramos se pronunciou em defesa da diversidade religiosa e cultural, após manifestações de incômodo e risos por parte de outros parlamentares. "Eu sou católica, mas quero dizer que a Jurema faz parte da existência indígena, assim como de vários outros grupos. Nós devemos respeitar. Podemos até não aderir, mas precisamos valorizar as expressões e manifestações culturais e religiosas que se constituíram ao longo da formação social desse nosso país tão diverso e tão rico. Deus é um só, único", declarou.

Segundo a deputada, o reconhecimento representa um avanço na luta contra o preconceito religioso. "Apesar de toda busca de organização e respaldo jurídico, é importante salientar que os religiosos de cultos afro-brasileiros e indígenas continuam sofrendo com o racismo e a intolerância religiosa", afirmou.

A Lei nº 13.760 já está em vigor e passa a ter validade em todo o território da Paraíba.

Portal Picuí Hoje com informações do g1 Paraíba.

Nenhum comentário:

Postar um comentário