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30.6.25

Despovoamento de jumentos no Brasil chega a 94% em 30 anos e espécie está em risco de extinção

Ambientalistas alertam que a continuidade do abate de jumnetos pode levar à 'extinção funcional' da espécie no país — Foto: Redes sociais.
O número de jumentos no Brasil caiu drasticamente nas últimas três décadas, colocando a espécie em alerta de risco de extinção. Estatísticas do Ministério da Agricultura, da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) — Food and Agriculture Organization, em inglês — e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que, entre 1999 e 2025, a população desses animais despencou de 1,37 milhão para apenas 78 mil — uma redução de impressionantes 94%.

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O principal fator dessa queda é a exportação de peles para fabricação de ejiao, um colágeno derivado de animais, muito utilizado no mercado chinês. Entre 2018 e 2024, aproximadamente 248 mil jumentos foram abatidos, com a Bahia concentrando os únicos três frigoríficos autorizados federalmente para esse tipo de abate — fato que preocupa ambientalistas, pesquisadores e ONGs de defesa animal.

Em reação, foi organizado em junho o 3º Workshop Internacional "Jumentos do Brasil", na Universidade Federal de Alagoas (UFAL), em Maceió, em parceria com a ONG britânica The Donkey Sanctuary. Durante o evento, foi apresentado o relatório "Stolen Donkeys, Stolen Futures", que traz dados alarmantes sobre o comércio de peles e suas consequências para o bem-estar animal e a biodiversidade.

A crise já mobiliza o poder público: dois projetos de lei buscam proibir o abate de jumentos. No âmbito federal, o Projeto de Lei (PL) nº 2.387/2022 está em tramitação no Congresso Nacional; na Bahia, o PL nº 24.465/2022 aguarda análise na Assembleia Legislativa bahiana.

Especialistas estão propondo alternativas sustentáveis, como o uso dos jumentos em pequenas propriedades, sua conservação em ambientes naturais e até a adoção em terapias assistidas, especialmente no semiárido brasileiro.

Ambientalistas alertam que a continuidade do abate pode levar à "extinção funcional" da espécie no país — ou seja, uma população tão reduzida que não teria condições de se regenerar naturalmente.

Portal Picuí Hoje com informações do Repórter PB.

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