CRIME CONTRA ANIMAIS EM PICUÍ: Salsichas "recheadas" com vidro atraem animais para a morte, advogado denuncia [VÍDEO]

Uma protetora de animais encontrou na Praça de Eventos da cidade de Picuí, Seridó paraibano, algumas salsichas “recheadas” com vidro, certamente deixadas por alguém que pretendia causar uma morte dolorosa aos cães e gatos os quais convivem naquela área pública e naturalmente iriam ingerir aqueles alimento. Maria das Vitórias da Silva, moradora do Bairro São José, é cuidadora de animais e retirou a armadilha mortal do local nesta sexta-feira (17).

Na semana passada, ao chegar na Praça de Eventos ‒ conhecida popularmente como "praça dos espetinhos"‒, Vitória, que sempre frequenta o local a fim de fornecer ração aos pets que vivem abandonados nas ruas da cidade, se deparou com cães sangrando pela boca. Sem saber ainda do que se tratava, a cuidadora levou dois cães para sua casa, onde permanecem atualmente sendo tratados.

Somente na sexta (17), Vitória ficou sabendo que se tratavam de salsichas recheadas com vidro que haviam sido deixadas de maneira proposital e sistemática para causar a morte de animais que estão nas ruas e, consequentemente, com fome, se sentem atraídos pelo alimento.

O advogado, professor e coordenador do Núcleo de Extensão em Justiça Animal (NEJA) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Francisco Garcia, denunciou o caso em seu perfil no Instagram para denunciar o caso e trazer um alerta voltado a esse tipo de conduta, que configura crime e resulta em "xilindró".

“Praticar maus tratos e matar animais são crimes tipificados pela lei federal 9605/98 com pena de até cinco anos de xilindró e não cabe fiança na esfera administrativa”, enfatizou o defensor.

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Ao ingerir cacos ou pó de vidro, qualquer ser vivente pode ter obstrução intestinal ou ainda ter as paredes do estômago e do intestino feridas (o que pode ser fatal).

Marcílio Araújo/Portal Picuí Hoje.