Sexta-Feira, 11 de março de 2016
A presidente Dilma Rousseff negou nesta sexta-feira 11, em coletiva à
imprensa, que irá renunciar ao cargo. "Ninguém, nem da oposição, nem de
nenhum setor, tem o direito de pedir a minha renúncia", ressaltou. "A
renúncia é um ato voluntário", lembrou.
"Por interesses políticos de quem quer que seja, eu não sairei
desse cargo sem que haja motivo para tal. Mesmo porque aqueles que pretendem a
minha renúncia deviam proceder de acordo com a Constituição", acrescentou
Dilma. "Solicitar a minha renúncia é reconhecer que não há base para o
impeachment", ressaltou.
Após reportagens divulgadas na imprensa, como uma da Folha de S. Paulo,
de que ela estaria "resignada com a possibilidade de não terminar o
mandato", Dilma afirmou: "Não estou resignada diante de nada".
Ela pediu "mais seriedade" da imprensa e criticou o
"clima de vazamento absolutamente seletivos" no País. "Por que,
de 400 páginas, vazaram só páginas que diziam respeito a mim?", questionou
Dilma, em referência à suposta delação do senador Delcídio Amaral (PT-MS).
A respeito do pedido de prisão do Ministério Público de São Paulo contra
o ex-presidente Lula, a presidente comentou que ele "passou de todos os
limites". "Não existe base nenhuma para esse pedido. É um ato que
ultrapassa ao bom senso, um ato de injustiça", criticou.
Questionada se Lula será ministro de seu governo, Dilma afirmou que
teria "o maior orgulho" disso, mas não comentou se irá efetivamente
ocorrer. "Eu teria o maior orgulho de ter o presidente Lula no meu
governo. É uma pessoa com grande experiência, com grande capacidade de formular
políticas. Posso garantir que teria um grande orgulho em ter ele no meu
governo. Mas não vou discutir com vocês como é que vai ser e se vai ser".
Dilma também fez "um apelo às pessoas para que possam se
manifestarem de forma pacífica". Segundo ela, as manifestações "não
devem ser manchadas por nenhum ato de violência. Como presidente da República,
peço que temos que manter as grandes vitórias da Democracia. E uma delas é o
direito de expressão".
Fonte: Brasil 247
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