Vereador de Jacaraú foi morto após denunciar irregularidades na prefeitura, aponta Polícia Civil

Delegado afirma que crime foi planejado por servidores municipais e executado por homens contratados no Rio Grande do Norte.

Peron Filho — Foto: Instagram/Reprodução

As investigações sobre o assassinato do vereador Peron Bezerra Pessoa Filho, popularmente conhecido como Peron Filho (MDB), de Jacaraú, município localizado na região do Litoral Norte da Paraíba, indicam que o crime teve como motivação as denúncias feitas pelo parlamentar contra irregularidades na Prefeitura. A informação foi confirmada pelo delegado Sylvio Rabello, da Polícia Civil paraibana (PCPB).

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Em entrevista à Rádio 98 FM Correio, o delegado explicou que as denúncias apresentadas pelo vereador se concentravam principalmente na Secretaria de Transportes, envolvendo desvio de combustíveis e de recursos destinados à manutenção da frota municipal.

Crime foi planejado em uma pousada

Rabello detalhou como o crime foi articulado:

"Nós chegamos principalmente ao secretário de Transporte, que está sendo investigado como mandante, porque ele fez uma reunião em uma pousada, cerca de uma hora antes do crime, onde recebeu algumas pessoas do Rio Grande do Norte. Meia hora antes do crime, saíram dois carros, um carro foi até o ginásio verificar o posicionamento da vítima, enquanto o outro carro se encontrava nas proximidades onde o vereador foi morto", relatou o delegado.

Durante uma operação deflagrada na manhã desta quinta-feira (30), cinco pessoas foram presas:

• o secretário de Administração, Antônio Fernandes;
• o secretário de Transporte, Jeferson Carvalho;
• o proprietário de uma pousada em Jacaraú, apontado como responsável por dar suporte ao grupo;
• e dois homens vindos do Rio Grande do Norte, suspeitos de executar o crime.

Pai de Peron afirma que secretários ofereceram propina

O pai do vereador, Peron Bezerra Pessoa, declarou que os secretários envolvidos chegaram a oferecer propina para que o filho deixasse a oposição ao governo municipal.

"Eles [os secretários] vieram várias vezes na minha casa oferecendo propina para que ele passasse para o lado do prefeito, propina alta, e Peron nunca se corrompeu. Assassinaram ele achando que com isso resolveriam o problema", afirmou.

Portal Pocuí Hoje com informações do Portal Correio.