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Gabriel Morais estava em casa quando foi surpreendido por policiais em Holambra — Foto: Divulgação/PCSP. |
A equipe do Quinto Distrito Policial (5º DP) de Santos começou a investigar o criminoso em abril, após uma moradora procurar a polícia para relatar que o neto, de 11 anos, estava sendo vítima de crimes sexuais. Ela apresentou as conversas que havia encontrado em um celular, onde a criança era induzida a enviar fotos íntimas.
Os policiais passaram a investigar a conta com quem o menino conversava e identificaram Gabriel como proprietário do perfil. A equipe de investigação descobriu ainda que ele era alvo de outro inquérito policial, que investigava vítimas de todo o país, desde o ano passado.
A pedido da PCSP, a Justiça expediu mandados de prisão temporária e busca e apreensão contra o homem, que foram cumpridos durante a Operação Caminhos Seguros, nesta segunda-feira (19), no município paulista de Holambra.
A equipe, composta pelos investigadores Jonathas Moraes, João Paulo, Alberto Men De Sá, Carlos Eduardo e Pedro Carneiro e comandada pelo delegado Wagner Camargo e chefe dos investigadores Mário Augusto, contou com apoio de policiais de Holambra para chegar na casa do criminoso, pois o endereço fica em uma área rural e de difícil acesso.
O jovem foi encontrado dentro do quarto dele e foi preso, sem oferecer resistência. No local, também foram apreendidos dois celulares, cinco pen drives, quatro processadores e dois HDs externos, além de um gabinete de computador, um notebook, um leitor de DVD e um porta-CD com diversas mídias.
Gabriel foi levado para a Delegacia de Holambra e, em seguida, transferido para Santos, onde ficou preso na cadeia anexa ao 5º DP. Ele é acusado de adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente, além de aliciar, assediar, instigar ou constranger, por qualquer meio de comunicação, criança, com o fim de com ela praticar ato libidinoso.
Modo de agir
Segundo a denúncia de Santos, o criminoso se apresentava como "Biel", mas tinha o nome de "Carinha que mora logo ali" em uma das contas no WhatsApp.
De acordo com a PCSP, o criminoso usava o ambiente virtual para manipular as crianças e incluí-las em um ciclo de exploração sexual virtual. Após ser preso, ele contou como fazia para abordar os menores de idade.
"Primeiro eu converso, vejo se a pessoa é interessante", explicou Gabriel ao ser questionado sobre o modus operandis pelos policiais.
O homem oferecia vantagens em um jogo eletrônico em troca do envio de fotografias das crianças e participação delas em videochamadas com conteúdo sexual. Além disso, incentivava as vítimas a tocarem as partes íntimas. Depois, Gabriel ainda pedia para os menores excluírem as mídias das conversas.
Aos policiais, ele contou que, no começo, não tinha a intenção de receber fotos íntimas das crianças, apenas queria ensiná-las sobre práticas libidinosas.
Assista ao vídeo:
Portal Picuí Hoje com informações do g1 Santos e Região.


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